Viajando com Mercúrio retrógrado
Viajando com Mercúrio retrógrado
Em todas as viagens temos aprendizados, seja com a cultura e comida dos lugares, com as vivências ou com as pessoas que encontramos. Em vez de lugares, sabores, aventuras e encontros, nesse post vamos falar das lições aprendidas durante o planejamento e a execução… mais especificamente, sobre as mancadas.
Nossa viagem para a Itália e Hungria, em 2016, foi planejada de quinta à domingo, e nós embarcamos na segunda-feira (isso mesmo, 4 dias!). Isso graças à Web Viagens que, além não cumprir seu compromisso com o pacote que adquirimos, não teve capacidade de nos dar ciência do problema com uma antecedência razoável. Ou, graças à influência do Mercúrio retrógrado que, segundo os entendidos, impacta bastante nas comunicações, acordos e assinaturas de contratos.
Foi estressante e inacreditável, mas conseguimos. Em uma tarde eu e a Dani pesquisamos todos os voos possíveis para todos os destinos do planeta terra que estivessem dentro do nosso orçamento (apertado devido ao calote). Conseguimos manter a Itália como destino principal, conforme era o nosso plano original. A diferença foi que ao invés de desembarcarmos em Roma, nosso primeiro destino foi Florença.
Foi necessário abortar o plano inicial de ir visitar o primo da Dani em Dublin, pois as passagens estavam muito caras para a Irlanda. Em meio a tantas pesquisas, nos deparamos com um voo interessante de Roma para Budapeste, e foi assim que, em questão de minutos, a Hungria, que nem estava na nossa whish list, acabou sendo promovida a destino. Compramos as passagens sem nem saber o que fazer lá, muito menos onde se hospedar.
No dia seguinte pesquisamos e reservamos hotéis pelo Booking e Airbnb. Apesar da correria e do prejuízo, a viagem foi maravilhosa, pois o itinerário acabou ficando muito bom:
- Guarulhos - Munique- Florença, com voo da Lufthansa;
- Florença - Veneza, com trem da Trenitália;
- Veneza - Napoli, com Trem Ítalo;
- Napoli - Capri - Napoli, com metrô e boat;
- Napoli- Roma, de trem da Trenitália;
- Roma - Budapeste, com voo da Ryanair;
- Budapeste - Munique - Guarulhos, com voo da Lufthanza.
A principal lição aprendida, naturalmente, foi a partir da nossa experiência com a Web Viagens. Nós poderíamos ter desconfiado um pouco mais de uma empresa tão nova no mercado, oferecendo preço diferenciado. Acredito que nós tenhamos entrado em situação de risco quando precisamos adiar a viagem para a Colômbia em 2014, que era o destino original do pacote adquirido. Por motivos de trabalho, eu precisei adiar as minhas férias daquele ano. Então nós cancelamos o pacote, e ficamos com uma carta de crédito para utilizar em outra oportunidade. Foi necessário confiar em uma empresa que infelizmente não estava preparada para merecer a nossa confiança.
Outra lição é que nunca é demais conferir todos os detalhes e confirmar as reservas. Em tempos de Mercúrio retrógrado então, confirmar mais de uma vez cada item. Devido à correria nós não fizemos aquele contato prévio com todos os hotéis (que na maioria das vezes é desnecessário) e tivemos problema no hotel de Napoli, onde não reconheceram nossa reserva depois de determinado horário.
Também poderíamos ter planejado melhor os deslocamentos e evitado a chegada e locomoção à noite. Em algumas cidades, como Veneza e Napoli, foi difícil encontrar transporte para os hotéis, pois estávamos com malas e nos sentimos inseguras. Além disso, alguns postos de informações estavam fechados à noite.
É claro que também tivemos muitas experiências positivas, como a otimização do tempo de deslocamento devido ao novo itinerário, com o uso do Airbnb, com os trens na Itália, passeio relâmpago pela Toscana e a grata surpresa que foi Budapeste.
O objetivo desse post foi registrar algumas das mancadas, e aos poucos nós iremos publicando outros textos sobre todas as maravilhas dessa viagem.
Para encerrar, lembro que todo o ano tem Mercúrio retrógrado (2018). Não custa nada prestar atenção!
